sexta-feira, 27 de junho de 2008

Um íncrivel e caridoso Hulk


Em meio a tanto merchandising inútil que rola quando um filme de super-herói é lançado, a editora americana Marvel repete uma iniciativa bacana (eles já haviam realizado algo parecido com Homem-Aranha a alguns meses atrás) dessa vez aproveitando a onda em cima do Hulk. Trata-se de um leilão das artes originais de 100 capas alternativas feitas por feras dos comics para edição de Hulk to Hero no. 1, no qual o dinheiro arrecadado será todo destinado a The Hero Initiave, um consórcio de editoras que ajuda desenhistas e roteiristas de quadrinhos aposentados e que passam por dificuldades financeiras ou de saúde. Entre os artistas que colaboraram estão monstros como John Romita, Sal Buscema, Herb Trimpe, Alan Davis, Steve Dillon, Ed McGuinness, Bret Blevins entre outros. Até o badalado desenhista brasileiro Mike Deodato Jr. enviou sua versão. As primeiras 30 capas já foram disponilibizadas pelo site americano CBR e podem ser vistas clicando aqui. Quem tiver uma graninha, além de ajudar, vai até estar investindo pois esse tipo de arte pode ter um bom valor entre colecionadores. De qualquer forma fica pelo menos os belos trabalhos desses artistas para a gente admirar.

Update: O site da Marvel já disponibilizou todas as 100 capas.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Quer estudar desenho na faixa?


Taí mais um concurso para quem reclama de falta de incentivo na área. É o ArtiVisive, da Zupi, que busca encontrar novos talentos da ilustração brasileira e ainda estimular o estudo do desenho de forma teórica e técnica. Para isso eles contam com o apoio de uma das maiores escolas de design de São Paulo, o IED (Instituto Europeo di Design).
O candidato mais criativo e original ganhará uma bolsa integral para o Curso IED One Year Ilustração, focado no ensino da história das artes gráficas e técnicas de representação da realidade e do imaginário. Os interessados no concurso devem cadastrar-se no hotsite até o dia 18 de julho e enviar 3 imagens para avaliação. Os candidatos passarão por avaliação popular - feita pelo próprio internauta - e voto do júri técnico - composto pela Zupi e IED.
O Curso One Year Ilustração tem duração de 1 ano e terá início no dia 25 de Agosto 2008. O resultado do concurso sairá no dia 24 de julho. Para maiores informações entre na página do concurso no portal Zupi.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Portfólio - Época Debate


Na edição 526 da revista Época, de junho de 2008, saiu encartado um pequeno especial que fiz no qual o tema era "Biocombustíveis". Na realidade eu segui o estilo do projeto gráfico principal com algumas variações tipográficas. A idéia é que ele seja algo diferente, mas com a identidade da Época. O interessante, num trabalho desses, é ficar encarregado de toda a edição visual, desde a escolhas das imagens até a diagramação final, inclusive da capinha interna que abre a coisa toda. Fiz 3 versões antes da final. A primeira, a pedido do editor, com o quadro Engenho com Capela, de Frans Post, que mostra um engenho de cana do período colonial, outra com uma foto-montagem de um galão de combustível com raízes e a terceira com uma ilustração minha (ainda inacabada no layout) com um bico de bomba derramando etanol na forma do mapa brasileiro. Mas a aprovada foi com uma foto salvadora que "emprestamos" da revista Globo Rural onde aparece uma bomba de posto no meio de um canavial. Uma curiosidade sobre essa imagem é que ela não é montagem. O pessoal levou mesmo uma bomba numa plantação e fotografou. Abaixo tem o abre da matéria principal do especial.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O grafite como poesia visual


Apenas um post para mostrar o trabalho do Banksy, simplesmente o melhor artista de rua do mundo na minha opinião. O cara tem umas sacadas de interação grafite/espaço urbano que são de uma beleza extremamente poética. Vale gastar um tempinho no site oficial do cara.

Tutoriais de programas em vídeo


O site americano Lynda é líder em cursos online de softwares em vídeo. Nele é possível estudar qualquer programa sem sair de casa e no próprio computador. Os vídeos são bem didáticos e feitos por profissionais de calibre (porém são todos em inglês, of course). Tudo é pago. Eles combram uma assinatura que te dá direito a assistir qualquer tutorial da biblioteca de vídeos deles quantas vezes precisar. Os valores são de 25 dólares por mês ou 250 e 375 por ano (o valor mais alto é referente a assinatura premium que dá direito a downloads de arquivos usados nas aulas). Pode ser um bom investimento para quem está começando ou quer se aprofundar mais em algum programa.
Para quem quiser fazer um test drive eles recentemente disponibilizaram gratuitamente para qualquer visitante tutoriais completos das versões betas do Dreamweaver CS4, Fireworks CS4 e Soundbooth CS4. Para assistir é só fazer um cadastro rápido (só o nome e um e-mail válido) e ter o Quicktime instalado na máquina.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Crie sua própria fonte


Essa dica é do meu amigo Ricardo Martins, da Época, e virou mania entre a galera da arte da revista: o site Fontstruct. Nele é super-fácil e rápido criar uma fonte personalizada. O editor dele, apesar de um pouco limitado, é muito intuitivo e possui uma boa palete com muitas opções de formas e desenhos. Ideal para quem não tem muito conhecimento em tipografia. Para profissionais pode ser uma interessante alternativa quando é preciso criar aquela capitular ou chamada diferenciada sem muito trabalho e com custo zero, pois - o melhor de tudo - você pode gerar um arquivo .ttf (TrueType) e baixá-lo para seu computador. Isso sem contar que é possível você trocar suas criações com outros usuários. Tudo através do próprio site. Show de bola.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Como é seu lugar de trabalho?


A proposta do site WhereWhatWeDoWeDo é simples, mas cativante. Profissionais das mais diversas áreas do mundo todo fotografam o seu ambiente de trabalho (que pode ser em casa ou numa empresa) e ele fica exposto para quem quiser ver. Além disso galera que visita pode deixar comentários. Observar como as pessoas organizam seu espaço para trabalhar não deixa de ser um curioso exercício antropológico. Óbvio que a minha mesa na redação da revista Época está lá. Clique aqui e veja meu cantinho profissional (que nesse dia estava até bem organizado).

terça-feira, 10 de junho de 2008

Portfólio - Época


Uma colagem que fiz para uma matéria que saiu na revista Época (ed. 525) sobre as semelhanças da economia recente com a década de 70. Para aumentar a sensação retrô apliquei um filtro do Photoshop chamado Color Halftone que simula aquela impressão off-set com os pontos bem marcados comum naquela década.

Qual o mais belo logo olímpico?


Esses são os logos das cidades candidatas a sede das olímpiadas de 2016. Apesar do brasileiro ser bem representativo eu ainda achei um tanto comum. O meu preferido é o de Madrid e o mais feio é o de Baku. Qual você escolheria?

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Uma outra visão da guerra

Isso aconteceu de verdade: em 2003 um bombardeio americano a Bagdá acabou atingindo um zoológico. Alguns animais morreram e outros foram libertados acidentalmente. Dentre eles 4 leões que passaram a perambular pelas ruas da cidade destruída. Até aí isso seria apenas mais uma passagem trágica da história dessa guerra absurda, mas o escritor Brian K. Vaughan conseguiu transformá-la num belo conto em quadrinhos. Vendo tudo aquilo pela ótica de animais ele, na realidade, consegue dizer muito sobre a natureza humana. Os maravilhosos desenhos do canadense Niko Henrichon, que aliás eu não conhecia e já virei fã, combinam perfeitamente com o roteiro. Ponto também para as cores, sempre quentes, que parecem te colocar ainda mais no clima da HQ. Os Leões de Bagdá é uma graphic novel aclamada internacionalmente e acabou de ser lançada no Brasil pela Panini Comics num belo encadernado. Seria ideal se aqueles chatos que costumam dizer que "gibi" é coisa de criança pudessem ler um desse...

terça-feira, 3 de junho de 2008

A ordem agora é "esquirizar"


Que tendências e design sempre andam juntos todos sabem, mas talvez nem todos percebam que isso também ocorre de forma bastante marcante no design gráfico de revistas. Principalmente aqui no Brasil.
Se alguns anos atrás revistas como Wallpaper e Wired eram as referências máximas para quase todo designer da área editorial, hoje o objeto gráfico de desejo é a americana Esquire. Eu sempre fui muito fã do projeto gráfico dessa revista, que na minha opinião é ousado sem abrir mão da elegância. Suas fontes, que oscilam sem pudor algum entre o Black mais denso ao Thin mais discreto, dão um forte toque de sofisticação às matérias. Junte a isso belas fotos, ilustrações certeiras e sacadas geniais em criação (cada capa é uma obra-prima) e eu posso afirmar que a Esquire sempre esteve no topo do design gráfico editorial.


Wallpaper e Wired: outras publicações estrangeiras que já estiveram na "moda"


Bom... parece que as revistas brasileiras descobriram isso também. É fácil perceber uma forte onda de “esquirização” no design de diversas publicações nacionais. Em algumas delas isso até que caiu bem como é o caso da VIP ­– que sempre foi uma espécie de “priminha distante” da Esquire e recentemente assumiu isso descadaramente com a reformulação de seu projeto gráfico – e da recém-lançada Época São Paulo – totalmente “esquirizada” e que conta hoje com um dos projetos gráficos mais bonitos entre as revistas brasileiras.


"Esquirização": algumas revistas brasileiras que já aderiram


A Esquire tem um visual bem pensado e serve bem ao propósito de uma revista de comportamento e serviços destinado a um público de gosto refinado. Mas fica a dúvida quando essa “esquirização” é tirada do contexto e aplicada em revistas de negócios ou automóveis, por exemplo. Ali e o visual parece “pesado” e cansa a leitura. Salvo aí o exemplo da revista Época que aplicou uma linguagem tipográfica parecida mas com a sobriedade que uma revista semanal exige. Ela contrasta o peso da fonte com muitos “brancos” nas páginas dando um efeito visual agradável no final. De qualquer forma ainda nota-se o "padrão Time”, outra revista gringa bastante copiada por aqui, mas essa é outra conversa.

O pior disso tudo é o famigerado “efeito gado”. Todos passam a usar um conceito que está em alta, na maioria das vezes tirando-o do contexto e fazendo com isso que ele fique saturado. Isso acaba esgotando o estilo e logo ele é descartado. Isso é um fenômeno não raro no mercado editorial brasileiro e talvez seja fruto de nossa “Síndrome de Colônia”. Se no mercado original dela, o americano, a Esquire é apenas um entre os diversos projetos gráficos editoriais interessantes, aqui nós o copiamos e aplicamos sem a mínima vergonha em qualquer circunstância, limitando a criatividade dos profissionais em atuação e diminuindo a pluralidade visual das revistas brasileiras.